sábado, 5 de julho de 2014

RESENHA DE SHOW: Noite underground na cidade de Russas

Russas Metal Fest
Galpão das Artes - Russas (CE)
24 de maio de 2014
Por Leonardo M. Brauna / Fotos: André Rocha 

O Ceará é um estado que possui uma veia underground muito pulsante e essa sensação pode ser sentida nos mais diversos pontos do estado. Na cidade de Russas, por exemplo, essa verdade é muito clara e, o “Russas Metal Fest”, foi realizado no propósito de cultivar esse movimento. Foram cinco atrações entre bandas de Fortaleza e da região do Baixo Jaguaribe (CE), onde todas puderam trocar energias com o público presente. 

O pontapé inicial foi dado com a primeira banda visitante, Marafa Thrash. Os quatro jovens com idade entre 17 e 19 anos sabem fazer boa música e, sendo Metal, melhor ainda – a exemplo de nomes como Possessed e Sepultura que começaram a surpreender o mundo com a mesma faixa etária, o Marafa também segue seus passos empolgando sua plateia e mandando ver nos riffs. Algumas falhas técnicas quiseram atrapalhar o set, mas a banda cumpriu o dever com temas como Pensamentos De Um Thrasher e Chachaça, Drogas e Rock N’ Roll. Estas integrarão sua primeira "demo" com gravação prevista para este ano, segundo o vocalista Bruno Marafa. O título possivelmente será o nome da última pedrada que eles levaram neste show, B.F.F. (Beber, Fumar e Foder).



O Crossover-thrash também esteve presente, e quem trouxe foi a banda Paradoxo. Os caras não medem consequência na rapidez. Alguns problemas no microfone do vocalista Leandro e também no microfone de Reuber (baixo e vocal), não foram motivos para a banda parar ou diminuir a interação. O quarteto teve todas as suas músicas cantadas pelo público como, Inveja Mata-Então Morra, Uma Vida Inteira e O Valor Da Salvação, temas de sua demo. A pancadaria também abriu espaço para o cover de SOD, Speak English Or Die, com o batera Jusca arremessando partes do kit ao chão (claro que não estavam bem fixados, pelo menos ao ponto de aguentar a força de Jusca). Também homenagearam o RDP com Não Me Importo e até tiraram “uma onda” com Raining Blood do Slayer. A banda de Limoeiro do Norte (CE) terminou sua apresentação com o clássico Isto É Olho Seco do quarteto paulistano. 



A outra visitante, Darkside, faz o segundo show com a nova formação que traz Bosco Lacerda na bateria, e “desce a lenha” no Galpão das Artes. O repertório não foi diferente de seu último show um dia antes, assim como também não foi diferente a performance do quinteto. Kaio Castelo (baixo) e Anderson Meneses (guitarra) ocupando os cantos do palco, Marcelo Falcão (vocal) na sua posição de ‘frontman’, Bosco no elevado do palco e Tales Groo (guitarrista) executando suas manobras por todo o espaço. Pronto, a riferama começava a atacar os PAs com canções novas, como Legacy Of Shadows e Dust Devil. Os pescoços não pareciam “sangrar” como queria Marcelo ao começar o set, mas com certeza Born For War e a solicitada pelo público, Bubonic, fez “entortar” muitas cervicais. O vocalista ainda brincou com um boneco de boi bumbá (típico da cultura nordestina) antes de terminar a apresentação com a banda e muitos fãs para registro de imagens. 



Depois de alguns minutos, o caminho foi aberto para a última banda de Fortaleza, Apocrifo. O ‘power trio’ que teve a volta de seu membro fundador, baterista Daniel Guerra, aproveitou o festival para divulgar a demo No Alvo, o Thrash Metal da banda foi apreciado pela galera que não demorou em refazer as rodas. O guitarrista e vocalista Jhonatas Reis sempre discursava sobre problemas sociais antes de músicas como, Quem É O Culpado e Ordens Receber. Em palco, a banda mantém sua técnica cadenciada com momentos mais soltos. Outras canções da demo foram executadas, como Carniceiro De Plainfield com seus riffs perfeitos "também" ao vivo (não há como não dizer que esta é a melhor faixa da demo). Ainda houve uma “ode” ao velho Metal nacional com Troops Of Doom do Sepultura, complementando também, a festa do público em seus ‘circle pits’. 



O evento chega ao final com o Hard Rock de Jogados na Sarjeta, a banda de Limoeiro do Norte é uma das poucas em todo o estado do Ceará que investem em um estilo fora do Metal extremo, mas felizmente a união da cena permite o compartilhamento do mesmo espaço. O set dos ‘rockers’ é bem diversificado, com músicas de artistas que representam e muito as suas influências, como Made In Brazil e Led Zeppelin em meio às próprias canções. O encerramento com o “Jogados” foi uma escolha muito certeira e mostra a versatilidade da cena daquela região. 




  
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